Procon-SP vai propor mudanças no Pix para reduzir golpes
Fernando Capez, diretor do órgão, afirma que crimes vem crescendo pela modalidade de transferência e propõe alternativas à Febraban (Federação Brasileira de Bancos)
O Procon-SP, por meio de seu Diretor Executivo Fernando Capez, vai propor alternativas para reduzir o número de golpes que vem ocorrendo pelo Pix, uma ferramenta pagamento e de transferência de valores instantâneo. Entre as propostas que serão enviadas à Febraban, está a de limitar os valores a serem transferidos a fim de evitar golpes de criminosos.
“O Procon está recebendo muitas reclamações de golpes aplicados com Pix. O principal problema é que não tem estorno, não tem volta. Você fez o pagamento não tem como cancelar”, explica Capez. “Então a sugestão que o Procon vai fazer à Febraban é limitar o valor de pagamento do Pix pelo menos por enquanto, talvez a R$ 500 reais ou R$ 1000”, completa.
Fernando Capez propõe novas medidas para reduzir golpes por Pix
De acordo com Fernando Capez, golpes de até R$ 92 mil já foram aplicados recentemente, o que justificaria a limitação para evitar prejuízos maiores. “Nessa pandemia, os criminosos migraram das ruas para as redes digitais. Estão clonando celulares, invadindo as contas e fazendo esses Pix que não tem volta”, afirma.
Pix já é mais utilizado que boleto, DOC e TED
De acordo com dados do Banco Central, em março deste ano, o Pix superou o número de transferências via TED e DOC. Além disso, superou também os pagamentos por boletos, tendo o Pix movimentado R$ 396 milhões no mês enquanto os boletos alcançaram R$ 353 milhões.